Durante a noite desta quarta-feira, 3, a secretária de Educação, Larissa Battisti, e o secretário de Cultura e Turismo, Rodrigo Bonecher, o diretor do Centro de Memória, História e Patrimônio da Prefeitura de Nova Trento, Juliano Martins Mazzola, prestigiaram o lançamento do livro “A medicina popular dos trentinos no Brasil”, da neotrentina Ivette Marli Boso.

 

O lançamento do livro, cujo original foi publicado em língua italiana, em Trento, foi realizado no Circolo Trentino di Nova Trento, às 19h30, com a presença do Coral da Paróquia São Virgílio. Além de algumas canções do coral, a autora voltou ao passado e fez uma apresentação sobre a obra, com diversas personalidades conhecidas por sua cura popular, como os “tiraòssi” (que tratavam dos ossos quebrados ou lesões), parteiras e benzedeiros.

 

A tradução por Afonso Gon, diagramação por Felipe Orsi Moresco e impressão foi feita após o projeto da Associação Beneficente Besenello ter sido aprovado, com recebimento de verba pelo Ministério do Turismo e Fundo Nacional da Cultura. 

 

Foram impressos mil exemplares do livro, que será distribuído nas escolas do município, biblioteca pública municipal, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e Centro Universitário de Brusque (Unifebe).  

 

“A educação agradece de antemão a futura distribuição dos exemplares nas escolas, o que contribuirá para um conhecimento mais amplo dos alunos sobre a história de Nova Trento”, destacou a secretária de Educação. 

 

Para o secretário de Cultura e Turismo, “o lançamento de mais um livro que trata da medicina popular, registra e resgata uma cultura de séculos que ainda hoje é difundida no município”. 

 

A obra estará disponível para venda na 28ª Incanto Trentino, no estande do Circolo Trentino di Nova Trento, pelo valor de R$ 30.

 

Saiba mais sobre o livro

 

Os relatos encontrados no livro “A medicina popular dos trentinos no Brasil”, destacam as práticas de tratamento e cura trazidas pelos imigrantes oriundos do norte da Itália, principalmente da região do Vêneto e Trentino. 

 

À época, foi muito lenta a chegada da nova ciência médica e, com isso, os médicos chegaram muitos anos depois do início da colonização. Por isso, as famílias apelavam para o conhecimento popular, muitas vezes passado de pai para filho. Essas pessoas, os benzedeiros, os tiraòssi, e parteiras, cuidavam da saúde das pessoas e animais. 

 

A autora também faz uma pesquisa sobre a origem destas tradições, e há casos em que há registros de mesmos tratamentos datados do século IV. Diversos relatos explicam como são os tratamentos, muitas vezes com elementos mágicos e religiosos. Ao final do livro, imagens identificam os entrevistados que carregaram a tradição dos antepassados em suas curas. 


Créditos/Prefeitura Municipal de Nova Trento

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